quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Brigas, sexo e lágrimas.


Ela grita, bate, esmurra, mas não vive sem mim. Eu sei que não. Hoje pegou uma blusa minha onde havia uma marca de batom. Nada demais, beijo de secretária. Desconfiou, gritou, chorou, berrou. Consegue ser chata. Mas consegue ser gostosa. Ficou no quarto por horas, veio aqui na cozinha e me deu um tapa na cara. Doeu, ardeu. Fui atrás dela e a puxei pelo cabelo.

— Quem você pensa que é, hein? — o corpo dela se encostou ao meu. Como é que ela pode ter essa bunda tão grande? Passei meu braço entre seu corpo e o apertei contra mim. — Ou por acaso você está querendo o que eu estou pensando? — dei uma risadinha sarcástica que eu sei que ela odeia.

Tentou se livrar de mim, conseguiu e se jogou na cama. Como aquela vista era linda. Não da cama, mas do short dela. Coladinho no corpo, malha fina. Fui atrás. Deitei por cima, esfreguei, apenas pressionando o corpo dela, deixando-a sobre meu total controle. Dei tapas fortes, apertei a carne. Ela gosta. Passei a minha boca pelas suas costas, senti aquele corpo quente e ela segurar o lençol a cada mordida minha. A chupei. Com gosto, com vontade. Gosto. Como o gosto dela era gostoso.

Saí de cima e fui pra fora. Coloquei pra fora, ela abocanhou. A mandei olhar pra mim. Engasgava, engolia, abocanhava, esfregava. Sabia como me enlouquecer. O modo como ela passava a língua não era normal. O pegava totalmente pra si. Ela é uma cachorra. E como são carnudos esses lábios. Todos.

Tirou a boca, deitou-se novamente na posição inicial. Agora sem short, molhada, suada, me esperando. Fui pra cima novamente. Entrei. É um novo mundo quando eu estou dentro dela. As costas dela em mim, meu tórax nela e o pau na bunda. Tudo se encaixa perfeitamente. Puxei seu cabelo e deixei minha boca bem perto do seu ouvido. E ela sabia o que fazer: gemia o meu nome feito uma puta.

Fodi. Força, vontade, brutalidade, amor, tesão, prazer. Tudo numa transa só. Ainda mais quando é com raiva. Não aguentava e pedia para eu parar. Continuava. Ela merecia, ela gostava, ela queria. E aí nossa respiração foi sincronizada. Ela respirava fundo, eu também. Tudo no mesmo tempo, no mesmo ritmo, na mesma intensidade. Perdi minhas forças, mas continuei. Até o fim. Até ela estremecer, até ela gozar. Gozei também. Nosso suor e nosso gozo se misturando. Prazer, dor, gritos.

Deitei na cama, respirei, olhei pro lado. Lá estava ela: de costas e encolhida. A cobri, saí e fui pra cozinha fumar um cigarro. Tomei um gole de café antes, continuei recuperando toda a respiração que ela tirou de mim. Ouvi choro. Ela estava chorando. Mas dessa vez eu sabia que não era de raiva.

Era de prazer.

19 comentários:

  1. Palavras e seu imenso poder de transmitir energias, sentimentos e sensações.

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  2. Porra. Vai escrever bem assim lá longe, ein?
    Li umas 3 vezes e a intensidade do texto parece ficar cada vez maior. Dá até pra montar a cena na minha cabeça. Parece que estou assistindo a transa.
    Talento puro.

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  3. Ao ler o texto, um filme passa minha cabeça e faz meu coração bater mais forte... Garota, eu queria saber como vc faz isso... As palavras vão entrando lentamente em minha mente, provocando desejo e despertando a saudade.. .Saudades de um dia ter vivido exatamento o que você escreve...

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  4. É como se estivesse presenciando a cena, como se estivesse dentro, como se fosse parte do momento. É como se as imagens passassem na cabeça e despertassem desejo e EMOÇÕES. É como se você tivesse vivido essa cena, essa história. É, já li e tô lendo de novo. FUCK YOU BRENDA.

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  5. Sabe o que eu vou fazer depois de ler isso? Ficar quieto.

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  6. Puts eu to teclando aki e já ta tarde, com licença...

    Visite o P! P!

    http://paranoicoperturbado.blogspot.com/

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  7. Wow... será que rola um segundo tempo?
    Adorei!

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  8. Adoreeeeeeeeeeeeei!!! Mais um texto maravilhoso escrito por você, você é genial, parabéns, mesmo!

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  9. - que texto MARAVILHOSO.
    você se expressa de forma invejável, parabéns *-*

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  10. WOW fantástico os detalhes, é altamente explicativo como se fosse uma lembrança.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Brenda, pare de se inspirar nas nossas noites pra escrever seus posts, sua puta. ♥

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  13. Impressionante a sua capacidade de me surpreender, Brenda. Já te disse no primeiro post seu que não sabia que gostava desse tipo de texto, que é uma surpresa boa. Não consigo ver a Brenda de 15 anos e essa Brenda que aqui escreve como uma pessoa só. Mas encare isso como elogio, é maravilhoso ser versátil. Você encarna bem seus personagens. Parabéns.

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